Tentava escrever
as casas, o
movimento das casas, as casas
que se movem
translúcidas,
como vértebras de
rios
em liquido
amniótico,
traços, espinhos de
pedra e barro, terra cravo
traços, argila e
água, enquanto
escrevia o corpo, a
noite
a noite fechada, a
luz
na raiz da luz, por
colher
caminho, amarelecido e gasto, por guardar,
como diários de quem não se soube escrever no tempo
de quem se esqueceu do seu único
e primeiro grito,
adiado no projecto da lágrima, na história instante
da raiz que cresce intacta, por guardar
na voz. Na voz
a tinta permanente,
o silêncio
que tentava escrever
Janeiro 2017.24
Sem comentários:
Enviar um comentário